Debate Especial - O Mal-Estar na Civilização | Mona Bittar

 


Subjetividade e contradições do capital

Profa. Dra. Mona Bittar*


A discussão que se propõe desenvolver aqui se destaca sobretudo neste contexto social no qual o humano tem sido insistentemente subsumido à lógica mercantil, sob a égide do consumo e em uma dimensão que elege e venera a  presentificação do tempo e a imediaticidade da história. É nesse sentido que se buscará aqui trazer alguns elementos da psicanálise freudiana, no diálogo com outras áreas de conhecimento, de forma a contribuir para esse debate acerca da relação indivíduo e sociedade, objetividade e subjetividade, singularidade e universalidade.

Se o mundo contemporâneo conforma a ideia de um indivíduo autônomo, particular, independente e essa ideia se revela uma ilusão, trata-se de discutir a constituição do indivíduo a partir das mediações culturais que o constituem como dimensão de uma realidade que o marca concretamente.

Está clara a importância de não analisar os determinantes objetivos e subjetivos como fenômenos isolados, pois eles são realidades que se inscrevem numa totalidade que não pode negar as tensões resultantes do confronto entre as  demandas objetivas e as subjetivas. Assim, a discussão deve ocorrer no interior do processo civilizatório, visto que o desenvolvimento psíquico se materializa na história, sob determinadas condições concretas que conformam tanto a existência da sociedade quanto a do indivíduo.

Nesse sentido, no contexto dessa particularidade da organização do modo de produção capitalista, vai sedimentando e legitimando um determinado tipo de procedimento da razão, que se alastra e assume contornos cada vez mais bárbaros e perversos. Submetido às leis do mercado, consolidam-se não apenas os processos de reificação da mercadoria, do produto do trabalho, mas do próprio homem, de relação entre pessoas em relação encoberta por coisas. A fragmentação do objeto da produção é também fragmentação do sujeito, convertendo os processos de objetivação e subjetivação em individualização, abstração e alienação. Tem-se, portanto, uma sociedade que, ao converter tudo em mercadoria, converte o próprio homem em mercadoria.

Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens. O trabalho não produz apenas mercadorias; produz-se também a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e justamente na mesma proporção que produz bens [...]. A realização do trabalho aparece na economia política como desrealização do trabalhador, a objetivação como perda e servidão do objeto, a apropriação como alienação (MARX, 2004, p. 80).   

A violência, o negacionismo, a intolerância e o mito são, sem dúvida, irracionais. Como também são irracionais as formas de organização social e econômica hoje hegemônicas, que condenam a maior parte da humanidade à miséria e que ainda ameaçam o futuro de todos, em nome do progresso econômico. Torna-se, assim, necessário, em tempos contemporâneos, o questionamento sobre as condições do processo civilizatório e os fundamentos que sustentam a construção dessa civilização. Como já alertava Freud (1978 [1930], p. 151),

Já é tempo de voltarmos nossa atenção para a natureza dessa civilização [...]. Não procuraremos uma fórmula que exprima essa natureza em poucas palavras, enquanto não tivermos aprendido alguma coisa do seu exame. Mais uma vez, portanto nos contentaremos em dizer que a palavra civilização descreve a soma integral das realizações e regulamentos que distinguem nossas vidas das de nossos antepassados animais, e que servem a dois intuitos, a saber: o de proteger os homens contra a natureza e o de ajustar os seus relacionamentos mútuos. 

Com base na leitura de “Sobre o narcisismo: uma introdução” (1980 [1914]) e  “Os instintos e suas vicissitudes” (1974 [1915]), sabe-se que o indivíduo, deixado à deriva do princípio do prazer, estaria sujeito à vida instintual, buscando de forma desenfreada o prazer absoluto, que possivelmente resultaria em sua morte. Isso porque, segundo Freud (1978 [1930]), nessa busca, o indivíduo não cessaria em subjugar outros homens, matando-os, caso necessário, em nome de obter prazer e afirmar sua superioridade, e ficando à mercê de outros indivíduos que, seguindo seus desejos, também agiriam da mesma forma. 

Como vemos, o que decide o propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer. Esse princípio domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início. Não pode haver dúvidas sobre a sua eficácia, ainda que o seu programa se encontre em desacordo com o mundo inteiro, tanto com o macrocosmo quanto com o microcosmo. Não há possibilidade alguma dele ser executado: todas as normas do universo lhe são contrárias (FREUD, 1978 [1930], p.141). 

Se as relações sociais instauram a civilização e marcam as restrições à satisfação pulsional, o conflito entre as demandas do indivíduo e as exigências impostas pela cultura é recíproco e solidário a esse processo, pois a garantia da manutenção da cultura é o investimento psíquico por parte de cada indivíduo perante a exigência da repressão das pulsões. O mal-estar originado pelo sacrifício da pulsão coloca a incompletude na base da constituição do indivíduo, ou seja, o reconhecimento da ideia da incompletude lhe é a possibilidade de ver que as exigências impostas pelo processo civilizatório não possibilitam a realização do seu desejo. 

Essas questões são objeto de estudo de Freud ao discutir a origem e os caminhos do processo civilizatório, o que o leva a afirmar que "[...] todo indivíduo é virtualmente inimigo do processo civilizatório, embora se suponha que esta constitui um objeto de interesse humano universal" (FREUD,  1978 [1927], p.88). Dessa forma, a civilização se funda na repressão do desejo e estabelece as normas que regulam as relações entre os homens. 

Freud (1978 [1930]) explica, assim, que o elemento de civilização entra em cena como a primeira tentativa de regular esses relacionamentos. Se essa tentativa não fosse feita, os relacionamentos ficariam sujeitos à vontade arbitrária do indivíduo, o que significa dizer que o homem fisicamente mais forte dominaria em nome dos seus interesses e impulsos. E observa: “A vida humana em comum só se torna possível quando se reúne uma maioria mais forte do que qualquer indivíduo isolado e que permanece unida contra todos os indivíduos isolados. O poder dessa comunidade é então estabelecido como ‘direito’, em oposição ao poder do indivíduo, condenado como força bruta” (FREUD, 1978 [1930], p.155). 

Freud coloca em causa a natureza das alterações mentais no indivíduo e as necessidades do sujeito que o levam à adesão ao grupo, ou seja, a explicação dessa adesão deve ser buscada nos aspectos subjetivos, na dinâmica psíquica do indivíduo. A partir dessas considerações, funda os princípios explicativos da adesão referidos ao conceito de libido, apontando que as relações estabelecidas no grupo se estruturam com base nela. 

As relações com o outro se consolidam como consequência do caminho trilhado pelo amor reprimido em sua finalidade. Se um elo deve ser buscado no que mantém o grupo unido, esse elo é Eros. Ao abandonar a sua distintividade, o indivíduo não o faz por outra razão que não por amor. “Somos de opinião, pois, que a linguagem efetuou uma unificação inteiramente justificável ao criar a palavra ‘amor’ com seus numerosos usos, e que não podemos fazer nada melhor senão tomá-la também como base de nossas discussões e exposições científicas” (FREUD, 1996 [1921], p.102). 

A identificação assume a expressão dos laços emocionais com o outro e permite compreender como o indivíduo, ao se deparar com um objeto, deixa que este assuma o estatuto de um modelo numa dinâmica em que o outro passa a ser assimilado internamente por ele. 

Os laços libidinais, na sua forma modificada, convertidos em afeto, são condições para a relação do indivíduo com os demais indivíduos. É sob esse aspecto que são possíveis os vínculos afetivos com os outros, pois as pulsões inibidas em seus objetivos é que garantem os laços emocionais. 

Posso agora acrescentar que a civilização constitui um processo a serviço de Eros, cujo propósito é combinar indivíduos humanos isolados, depois famílias e, depois ainda, raças, povos e nações numa única grande unidade, a unidade da humanidade. Porque isso tem que acontecer, não sabemos; o trabalho de Eros é precisamente este (FREUD, 1978 [1930], p.175). 

Freud reitera que o amor é um dos princípios sob os quais a civilização se funda em nome da possibilidade da vida em comunidade, quando a pulsão sexual, desviada da sua finalidade, se expressa para todos os homens e os objetivos sexuais se transformam, inibidos em sua finalidade, na possibilidade dos vínculos sociais. Esse sentimento continua a operar na civilização tanto na sua forma original, que não renuncia à satisfação sexual propriamente dita, quanto em sua forma modificada, como afeição   e, em ambas, a função é a de garantir os vínculos entre as pessoas. 

A civilização, além da repressão da pulsão sexual, atua, também, sobre outros elementos que podem gerar conflitos nas relações entre os indivíduos. Nesse sentido, restringe a “inclinação para a agressão”, pois “[...] os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas [...] ao contrário, são criaturas em cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade” (FREUD, 1978 [1930], p.167), em nome da preservação da cultura, visto que a tendência à agressividade é uma ameaça ao processo civilizatório. 

Ao discutir as pulsões agressivas, Freud as explica como derivações das pulsões de morte e afirma que a presença das tendências agressivas no homem como uma “disposição instintiva original e autossubsistente” representa uma ameaça ao processo civilizatório. 

Acho que se tem que levar em conta o fato de estarem presentes em todos os homens tendências destrutivas e, portanto, antissociais e anticulturais, e que, num grande número de pessoas, essas tendências são suficientemente fortes para determinar o comportamento delas na sociedade humana (FREUD, 1978 [1927], p. 89). 

Se, por um lado, a serviço de Eros, a civilização impõe restrições à pulsão sexual, que, desviada de sua finalidade, estabelece e funda as possibilidades das relações sociais, quando os homens estão ligados entre si libidinalmente, Freud (1978 [1930], p.175) alerta: “Mas o natural instinto agressivo do homem, a hostilidade de cada um contra todos e a de todos contra cada um, se opõe a esse programa da civilização”. E evidencia os mecanismos desencadeados pela civilização no sentido da coerção a essa pulsão, considerada o maior impedimento para o projeto civilizatório. Por conseguinte, afirma que: 

A civilização tem que utilizar esforços supremos a fim de estabelecer limites para os instintos agressivos do homem e manter suas manifestações sob controle por formações psíquicas reativas. Daí, portanto, o emprego de métodos destinados a incitar as pessoas a identificações e relacionamentos amorosos inibidos em sua finalidade, daí a restrição à vida sexual e, daí, também, o mandamento ideal de amar ao próximo como a si mesmo, mandamento que é realmente justificado pelo fato de nada mais ir tão fortemente contra a natureza original do homem (FREUD, 1978 [1930], p.167). 

Esse instinto agressivo é o derivado e o principal representante do instinto de morte descoberto lado a lado de Eros, com quem este divide o domínio do mundo.

Agora, penso eu, o significado da evolução da civilização não mais nos é obscuro. Ele deve representar a luta entre Eros e a Morte, entre o instinto de vida e o instinto de destruição, tal como ela se elabora na espécie humana. Nessa luta consiste essencialmente toda a vida, e, portanto, a evolução da civilização pode ser simplesmente descrita como a luta da espécie pela vida. E é essa batalha de gigantes que nossas babás tentam apaziguar com sua cantiga de ninar sobre o Céu” (FREUD, 1978 [1930], p.175). 

Logo, essa forma de violência provém das pulsões de morte, que juntas com Eros (pulsões de vida) seriam responsáveis pelo progresso e, em alguns casos, pela destruição. Segundo Crochic (2002, p. 2), 

Silenciosas as pulsões de morte destroem para eliminar a tensão existente, quando dissociadas das pulsões de vida; quando associadas,  a destruição pode ser necessária para o progresso e também para os movimentos que tornam a sociedade mais justa; nesse sentido, a violência não é somente criticável, mas pode ser necessária quando tem um objetivo racional a ser obtido, que visa justamente alterar uma situação que é violenta na sua base. 

Freud relata outra forma de violência gerada pela vida em comum, no texto  “O mal-estar na civilização”, que se expressa ao apresentar o conceito do narcisismo das pequenas diferenças, quando na formação dos grupos a hostilidade que seria dirigida a todos é desviada para um alvo externo; assim, um outro delimitado como a negação do grupo se configura como um ideal, mobilizado pelo ódio, unindo todos aqueles que o odeiam. “[...] podemos ver que se trata de uma satisfação conveniente e relativamente inócua da inclinação para a agressão, através da qual a coesão entre os membros da comunidade é tornada mais fácil” (FREUD, 1978 [1930], p.169). Em vista disso, é possível entender as hostilidades entre nações e em relação às minorias. E, vejam, dessa negação de quem está de fora (diferente) depende a conservação das instituições. 

A conservação das instituições depende dessa negação de quem está de fora. O preconceito, nesse sentido, é conservador do grupo formado [....] pois há alguém externo que pode receber sua vontade de destruição. A diferença ilusória é ampliada até não podermos mais nos identificar com esse outro estranho, demasiado familiar, pois, claro, sobre ele projetamos o que não suportamos em nós (CROCHIC, 2020, p. 2). 

Cabe destacar, pois, que as modificações significativas na realidade contemporânea transformam a dinâmica social, o que conforma mudanças significativas de estruturação das relações sociais e faz emergir outras formas de vínculos sociais e mediações específicas dessa particularidade histórica, configurando outras formas de regulação e funcionamento de produção da existência, dadas às condições concretas decorrentes desse contexto e dessas modificações. 

Contemporaneamente, as formas de dominação evidenciam os aspectos regressivos da constituição psíquica, quando o outro, condição de existência do indivíduo e da cultura, internalizado na dinâmica psíquica, parece ter se pulverizado. E essa tendência psíquica regressiva revela às condições objetivas nas quais ela se inscreve, referida, portanto, às condições históricas e sociais geradoras dessa subjetividade, condições objetivas que também revelam aspectos regressivos. 

Tal realidade é marcada, por um lado, por novos padrões de regulação dos vínculos sociais, que opera de acordo com padrões de eficiência, flexibilidade, criatividade e que anuncia a autonomia, independência e liberdade do indivíduo, o prazer, corroborando e legitimando um determinado tipo de procedimento da razão  técnica, instrumental, pragmática, utilitarista que consolida o hedonismo, o hiperindividualismo –, uma subjetividade “modelada”, “reificada”, “administrada”, narcisista. 

Lasch (1979) fala em uma cultura do narcisismo,  concepções que, segundo  Birman (2001), se relacionam na compreensão sobre o que tem se configurado na modernidade – ou como muitos nomeiam, na pós-modernidade.  O que se configura, então, é um culto à imagem individual, de um exibicionismo exacerbado, exaltação do eu, culto ao narcisismo: “o sujeito é regulado pela performatividade mediante a qual compõe os gestos voltados para a sedução do outro” (BIRMAN, 2001, p. 188). Dessa forma, o indivíduo passa a ser determinado pela sua performance, por aspectos simplesmente singulares, de modo que é esquecida sua relação com o contexto histórico-social moderno. 

Este [o indivíduo] é apenas um objeto predatório para o gozo daquele e para o enaltecimento do eu. As individualidades se transformam, pois, tendencialmente, em objetos descartáveis, como qualquer objeto vendido nos supermercados e cantado em prosa e verso pela retórica da publicidade (BIRMAN, 2001, p. 188). 

Plastino (2002, p. 1) reitera essa compreensão sobre o psiquismo humano e observa que

[...] separado da natureza, dos outros e de si mesmo, o homem da modernidade transformou o objetivo de domínio em prática predatória. Definido exclusivamente a partir de sua racionalidade, este homem transformou a fantástica racionalidade parcial presente nas suas ciências e nas suas práticas produtivas numa gigantesca irracionalidade global. A análise mais sumária da situação contemporânea ilustra sem ambiguidades esta irracionalidade global. 

Enfatiza Plastino (2002) que o avanço da produção de bens e serviços à disposição da humanidade, assim como o “fantástico” desenvolvimento tecnológico, não implicou melhoria das condições de vida da humanidade, ao contrário, provocou o aumento do desemprego e da miséria. “Numa perspectiva de feroz darwinismo social – a sobrevivência dos mais fortes – o crescimento da violência nas relações sociais aparece apenas como mais uma modalidade da violência que preside a apropriação do poder e dos recursos materiais por uma minoria” (PLASTINO, 2002, p. 2). 

Estão em causa, portanto, os processos de individualização, assim como as instâncias de mediação que configuram esse tipo de racionalidade, quando a lógica da produção exerce domínio absoluto: sobre o Estado, sobre as relações políticas, sobre as relações sociais e sobre o indivíduo. E nessa configuração, certamente a civilização tem se tornado, em muitos aspectos, desumana, onipotente, predatória. 

Assim, a violência, a desesperança, o esmagamento dos mais desprotegidos e fracos, o medo de quase todos, a solidão, são expressões de uma civilização que, fundada sobre uma compreensão narcisista do homem, parece estar esgotando hoje as suas possibilidades de desenvolvimento. Isso nos leva a considerá-la como uma expressão singularmente grave e perigosa de um conjunto de práticas individuais e coletivas destrutivas e autodestrutivas. Estas práticas se caracterizam pela negação da alteridade, pela transformação do outro em objeto e, em certa medida, pela transformação do próprio sujeito em objeto (PLASTINO, 2002, p.3).

Se essas condições são as que viabilizam a civilização, são também as que restringem o indivíduo e acarretam implicações à sua constituição psíquica. O reconhecimento de um desacordo de interesses entre as demandas do indivíduo e as demandas culturais deve ser (des)velado, na medida em que anunciar a possibilidade de resolução desse conflito, eliminando as fontes de insatisfação, com a promessa de que a renúncia não é mais necessária, é caminhar rumo à barbárie. 

Consequentemente, os controles sociais na contemporaneidade, que assumem formas cada vez mais complexas e sofisticadas, são mais sutis, mas certamente revelam formas cada vez mais autoritárias de controle e regulação social. Ainda que se apresente com uma roupagem nova e que anuncie a prevalência do desejo e da plena realização do ser humano, na verdade, é mais regressivo. 

Convém concluir assinalando que Freud deixa uma imagem inconclusa de guerra permanente entre Eros e pulsão de morte, sem a menor chance de antecipação do resultado. Nessa sociedade que exige tanto e dá tão pouco, a luta entre Eros e Thanatos, persistente e só, se desenvolve: 

Agora só nos resta esperar que o outro dos dois ‘Poderes Celestes’, o eterno Eros, desdobre suas forças para se afirmar na luta com seu não menos imortal adversário. Mas quem pode prever com que sucesso e com que resultado? (FREUD, 1978 [1930], p.194).

 

Que Eros sobreviva!

A luta continua!


* Mona Bittar é professora aposentada da Universidade Federal de Goiás e militante histórica do PCB.

** O presente artigo é desdobramento da participação da autora no debate especial acerca da obra O Mal-Estar na Civilização, de Sigmund Freud, no âmbito do Círculo de Debate de Formação Estado, Política e Classes Sociais.


REFERÊNCIAS 

BIRMAN, J. Mal- estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. 

CROCHICK, J. L. Autoritários, psicopatas e manipuladores. A Terra é Redonda, 22 ago. 2020. Disponível em:  https://aterraeredonda.com.br/autoritários-psicopatas-e-manipuladores/. Acesso em 5 set. 2020. 

FREUD, S. O instinto e suas vicissitudes (1915). In Metapsicologia – livro 11.   Rio de Janeiro: Imago, 1974. Pequena coleção das obras de Freud. 

FREUD, S. O mal-estar na civilização (1930 [1929]). São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção Os Pensadores. 

FREUD, S. O futuro de uma ilusão (1927). São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção Os Pensadores. 

FREUD, S. Psicologia de grupo e análise do ego (1921). In: Obras completas, v. XVIII. Rio de Janeiro: Imago, 1996. 

FREUD, S. Sobre o narcisismo: uma introdução (1914). In: Obras completas, v. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1980. 

LASCH, C.. A Cultura do narcisismo - a vida americana numa era de esperanças em declínio. Rio de Janeiro: Imago, 1983. 

MARX, k. Manuscritos econômicos e filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

PLASTINO, C. A. Dependência, subjetividade e narcisismo na sociedade contemporânea. Revista Eletrônica Rubedo, 2000.