O evento, idealizado pelo Círculo de Debate e Reflexão: Arte, Cultura e Estética, foi realizado no sábado, 2 de setembro, na Sede da Escola de Formação Socialista
A Sede da Escola de Formação Socialista (EFS) foi palco de uma noite cultural repleta de atividades artísticas durante a realização da primeira edição do Sarau Porta Vermelha, que agitou a Região Central de Goiânia no dia 2 de setembro de 2023. O evento, construído pelo Círculo de Debate e Reflexão: Arte, Cultura e Estética da EFS, reuniu exposição de artes visuais, declamações de poesia, apresentações de música, além de um ambiente de comes e bebes, venda de livros e artesanato e brechó. Foram mais de 150 pessoas reunidas para apreciarem uma diversidade de manifestações culturais, em um ambiente receptivo e diverso.
Sob condução de Sarah Silva e Paulo Maskote, o palco teve teor variado, mas predominaram as poesias de cunho social. Poemas de autores como Pablo Neruda, Hilda Hilst, Ferreira Gullar, Carlos Drummond de Andrade, Bertolt Brecht, com destaque para o jataiense José Godoi Garcia, “a voz do modernismo em Goiás”, cuja vasta obra transita do romance ao ensaio, e para a goianiense Maria de Jesus Rodrigues, pioneira da ocupação habitacional do Jardim Nova Esperança em Goiânia. Destacaram-se momentos de apresentação de poesias autorais, sobretudo os slams, em que Sarah Silva, Gabriel Fontes, Mari Ribeiro, Levi Nascente, Rick Silva, Niel Lima e Kataryn Kelvia, entre outros, declararam poeticamente sua voz de resistência. Isso tudo, dividindo espaço com as apresentações musicais, que foram de clássicos da MPB e do samba até as apresentações de músicas autorais, como Jobim das Oliveiras e Hemon Vaz. Para as crianças, foi organizado um espaço acolhedor, com brinquedos e livros. Como o palco também esteve aberto a elas, um momento de destaque foi a apresentação da Maria Eduarda Pontes, que leu a história da bailarina que pintava sua sapatilha, arrebatando de ternura a plateia e a ensinando sobre a inserção da mulher negra em todas as esferas da sociedade. No âmbito das artes visuais, as exposições foram todas autorais: Luminismo e o Coletivo Magnífica Mundi expuseram fotografias; Jackeline Vitoretti (Jacvi), pinturas em tela; Thomaz, desenhos e adesivos e Paulo Miguel Fonseca, gravuras. Na área externa, enquanto Lorena Cristhiny e Gabriel Couf realizavam grafites em um dos muros da EFS, as barracas vendiam desde comes e bebes até camisetas, quadros, adesivos e marca-páginas. Nesse ambiente, merecem destaque as telas da artista e artesã Andy e o fanzine Raios de Liberdade - Pedaços de Criação LGBTI+, organizado e idealizado por Dani Correa, em coparticipação de Astra Barbosa, Geovanna Maia, Kairo Iwry, Leo Alves, Mariana Mandu e Mikaela Pastana. As comidas e as bebidas foram organizadas e vendidas por diversas frentes de atuação política, sindical e estudantil e o dinheiro arrecadado com as vendas reverteu-se ao financiamento das lutas encampadas por essas frentes. A lucro da venda livros, broches e camisetas de algumas barracas também se voltou ao financiamento da luta.
Concepção do Sarau Porta Vermelha
Veja algumas fotos do Sarau.
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