Análise de Conjuntura nº 001/2025 (Goiás)

Análise da conjuntura em Goiás: As gestões do governo Caiado e as eleições de 2026

Consolidado em 12 de abril de 2025.

Por Arthur Ramos


            O texto a seguir foi apresentado no dia 12 de abril de 2025 em atividade da Escola de Formação Socialista. Sua discussão foi a primeira atividade de três que busca discutir o quadro da conjuntura goiana frente às duas gestões do governo Caiado (União Brasil) e o que se começa a desenhar no plano das articulações para as eleições de 2026. Assim, busca, em linhas gerais, analisar os tipos de relações sociais que têm sido constituídas no estado de Goiás que tendem a ser aprofundadas e reproduzidas a nível nacional na medida em que Caiado se coloca como presidenciável. 

Evento: Sarau Porta Vermelha movimenta a vida cultural de Goiânia

O evento, idealizado pelo Círculo de Debate e Reflexão: Arte, Cultura e Estética, foi realizado no sábado, 2 de setembro, na Sede da Escola de Formação Socialista


A Sede da Escola de Formação Socialista (EFS) foi palco de uma noite cultural repleta de atividades artísticas durante a realização da primeira edição do Sarau Porta Vermelha, que agitou a Região Central de Goiânia no dia 2 de setembro de 2023. O evento, construído pelo Círculo de Debate e Reflexão: Arte, Cultura e Estética da EFS, reuniu exposição de artes visuais, declamações de poesia, apresentações de música, além de um ambiente de comes e bebes, venda de livros e artesanato e brechó. Foram mais de 150 pessoas reunidas para apreciarem uma diversidade de manifestações culturais, em um ambiente receptivo e diverso.

Debate Especial - O Mal-Estar na Civilização | Mona Bittar

 


Subjetividade e contradições do capital

Profa. Dra. Mona Bittar*


A discussão que se propõe desenvolver aqui se destaca sobretudo neste contexto social no qual o humano tem sido insistentemente subsumido à lógica mercantil, sob a égide do consumo e em uma dimensão que elege e venera a  presentificação do tempo e a imediaticidade da história. É nesse sentido que se buscará aqui trazer alguns elementos da psicanálise freudiana, no diálogo com outras áreas de conhecimento, de forma a contribuir para esse debate acerca da relação indivíduo e sociedade, objetividade e subjetividade, singularidade e universalidade.

Entrevista da Escola de Formação Socialista com a Embaixadora da Síria no Brasil

 



A Embaixadora da República Árabe da Síria no Brasil, Rania Haj Ali, concedeu à Escola de Formação Socialista (EFS) entrevista, sob a forma de questões estruturadas enviadas antecipadamente, na qual versou sobre questões como a postura do Estado e da sociedade síria em relação à descolonização da África e da Ásia, a presença imperialista nos países árabes, o que efetivamente foi a chamada "Primavera Árabe" e a ocupação contínua de parte do território sírio pelos Estados Unidos.

A  entrevista ocorreu em junho de 2023 e foi conduzida por Laércio Júlio da Silva (Jobi), Secretário do Grupo de Apoio e Solidariedade Popular Brasil-Síria (Gaspbrsiria), e Pedro Henrique Valeriano Rodrigues, militante da União da Juventude Comunista (UJC-GO). 

Módulo II - Revolução e Contra-Revolução na Alemanha | Guilherme Martins

 

Apresentação de Revolução e Contrarrevolução na Alemanha,

de Friedrich Engels

 Guilherme Martes Martins

 

Introdução

O livro Revolução e Contrarrevolução na Alemanha[1] é uma compilação de artigos escritos por Friedrich Engels com auxílio de Karl Marx para o jornal New York Daily Tribune, entre 1851 e 1852, nos quais o autor se propôs a retratar o contexto que possibilitou as Revoluções de 1848-9, com enfoque especial na região da Europa Central durante o período histórico imediatamente posterior à Primavera dos Povos, e a desvelar a mecânica dos acontecimentos, avançando na tentativa de compreender por que tais processos fracassaram – sob a ótica dos interesses do proletariado – e quais foram as consequências de tal fracasso. Utilizando como ponto de partida a análise econômica e sociopolítica da região da atual Alemanha e Áustria, Engels ampliou o escopo e buscou compreender de que forma as relações entre distintas nações e nacionalidades existentes na Europa alteraram o rumo dos fatos ocorridos na região alemã.

Módulo I - O 18 de Brumário de Luis Bonaparte | Prof. Marcelo Lira

A TEORIA DO ESTADO EM MARX

O BONAPARTISMO COMO PRÍNCIPIO E FUNDAMENTO DA CONTRARREVOLUÇÃO PREVENTIVA¹

Marcelo Lira Silva

Resumo: Objetiva-se desenvolver a análise da trilogia marxiana: i. As Lutas de classes na França de 1848 a 1850 (1850); ii. O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852); e, iii. A Guerra Civil na França (1871), como forma de analisar a relação social complexa estabelecida entre capitalismo, classes sociais e Estado. A partir da leitura e análise imanente das obras, pode-se extrair uma Teoria do Estado e da Democracia complexa e sofisticada. Assim, emergem as questões centrais de sua teoria, dentre as quais deve-se destacar o fenômeno social da crise de hegemonia (dominação e direção) e a necessidade de suspensão temporária do método parlamentar e sua substituição, via Coup d’État, por um Estado de Exceção. Nesse sentido, de maneira transitória, o Estado consenso dá lugar ao Estado força (militarização de suas instituições), de tal forma a submeter e controlar as instituições da sociedade civil-burguesa. Em síntese, pode-se dizer que a trilogia nos coloca a seguinte questão: qual seria o papel da classe trabalhadora na revolução democrática?

Análise da Conjuntura nº 001/2023

 Entre a democracia restrita e o fascismo

Consolidado em 3 de março de 2023. 

Introdução

Passados quase dois meses dias da posse de Lula na presidência da República e da fracassada intentona golpista de oito de janeiro a situação politica parece indicar a solidez do chamado “Estado Democrático de Direito” e a derrota politica da perspectiva fascista representada pelo bolsonarismo. A ascensão do novo governo, a pronta resposta das “instituições” aos atos golpistas e o amplo consenso em torno da “defesa da democracia” geraram euforia e alívio entre democratas e progressistas, sugerindo a superação do momento mais regressivo e violento da história política do país desde o final da Ditadura Militar. No entanto, para além do justificado otimismo da vontade que a situação coloca, é preciso considerar a dinâmica politica e social inaugurada pelo golpe de 2016, sua evolução recente e perspectivas futuras, particularmente no tocante aos interesses dos trabalhadores, partidos de esquerda e movimentos sociais.